terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Procura por máquinas Agricolas cai mais que o esperado

O fraco desempenho no setor de máquinas agrícolas e rodoviárias em janeiro surpreendeu até mesmo os fabricantes do setor. Em janeiro foram vendidas 1.570 unidades, volume 53,2% menor que o do primeiro mês do ano passado.

No caso dos tratores de rodas, as 1,1 mil unidades resultaram em queda ainda mais acentuada, de 57,9%. “Confesso que não esperávamos uma queda tão acentuada para esses modelos. Isso mostra que as questões políticas contaminam o nível de confiança do consumidor”, afirma Luiz Moan, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). 

As colheitadeiras tiveram queda menor, de 12,2%, porque o mês é forte na venda desses equipamentos. Já a entrega de 102 retroescavadeiras em janeiro resultou em recuo expressivo de 61,8% ante o mesmo mês de 2015. “Isso reflete a queda no setor da construção civil e também o fato de que o início do ano passado ainda estava sob o efeito das compras do PAC”, recorda Moan sobre o Programa de Aceleração do Crescimento. 

Os tratores de esteiras também anotaram retração, mas de 28,6%, com 25 unidades entregues. Sobre o desempenho do setor, Moan afirma: “Esperamos uma reversão nos próximos meses.” A entidade projeta pequeno crescimento de 2% nas vendas de máquinas em 2016. 

PRODUÇÃO E EXPORTAÇÕES

A produção de máquinas agrícolas e rodoviárias em janeiro somou 1,6 mil unidades, resultando em queda de 64,8% ante janeiro do ano passado. “Nos próximos meses ainda teremos produção muito baixa para ajuste dos estoques”, adverte Moan. O baixo desempenho do segmento reflete a pequena produção de tratores de rodas e consequente queda de 64,7%, quase a mesma do setor como um todo. A produção de colheitadeiras somou 269 unidades, levando em recuo de 41,8%.

As exportações do setor somaram 328 unidades neste início de ano, com queda de 40,6%. O único segmento de máquinas que passou de uma centena de embarques foi o de tratores de rodas, com 143 unidades. As 33 colheitadeiras exportadas representaram queda de 70% e as 53 retroescavadeiras, de 63,9%.

Fonte: Autobusiness

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