Arla adulterado ou de má qualidade ou uso de chip paraguaio para enganar o motor do caminhão, são atitudes que além de agredirem o meio ambiente podem provocar o enquadramento do motorista na Lei de Crimes Ambientais, a qual prevê pena de um a cinco anos de reclusão.
O objetivo da adulteração, de qualquer forma que seja, é diminuir os gastos do veículo com um reagente para aumentar a rentabilidade. Um galão de 20 litros de Arla 32 custa cerca de R$ 45 (R$ 2,25/litro), mas o valor reduz se a compra for em grandes quantidades. O consumo é em torno de 5% em relação ao diesel, portanto, a cada 1.000 litros de óleo gasta-se 50 litros de Arla.
Uma carreta que roda 2 km/litro de diesel e roda 10 mil km/mês consome 5 mil litros de diesel e 250 litros de Arla, o que representará em torno de R$ 562/mês se abastecer com galões de 20 litros comprados na estrada. Considerando as mesmas condições, esse custo dobra a partir da segunda carreta, triplica com a terceira e assim sucessivamente. O reagente tem de ser usado pelos caminhões com motores que utilizam a tecnologia SCR (Redução Catalítica Seletiva).
Sem o Arla, o caminhão passa a ter menor custo operacional e aumenta a margem de lucro do proprietário. Mas o resultado é danoso para o meio ambiente e para a saúde. O motor deixa de atender as normas de baixas emissões de poluentes previstas na fase 7 do Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores), que entrou em vigor em janeiro de 2012.
Confira as consequências no Infográfico preparado pela Afeevas – Associação dos Fabricantes de Equipamentos para Controle de Emissões Veiculares da América do Sul
Fonte: O Carreteiro
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