Os auditores da Receita Federal em Foz do Iguaçu estão realizando um protesto pelo não pagamento do reajuste salarial que acordaram com o governo. A categoria está trabalhando em uma espécie de “operação tartaruga”. No porto seco, por onde passam as cargas de importação e exportação, os motoristas de caminhões reclamam da demora para a liberação das mercadorias.
O paraguaio Manuel Ortiz está com o caminhão parado há quatro dias no porto seco. Ele afirma que não sabe o motivo pelo qual os fiscais não liberam a carga de 24 toneladas de bobinas. “Está complicado agora aqui. Não tem explicação. Pergunto para eles o que falta e eles dizem para só aguardar”, conta.
Além dele, outros 750 motoristas estão com os veículos parados no porto seco, à espera da liberação. A média de espera tem sido de pelo menos dois dias.
Segundo o presidente do sindicato dos auditores em Foz, Alfonso Burg, o protesto deve ser intensificado a partir de segunda-feira (11), quando os auditores deixarão de ligar os computadores às terças e quintas.
“A categoria havia negociado com o governo uma correção salarial maior desde o ano passado e [também] outras necessidades internas. Depois de um ano de negociações, fechou-se um acordo com o governo em março deste ano. O governo não cumpriu. Por conta disso, resolvemos tirar o pé do acelerador protestar novamente, o que é indesejável para todo mundo, porque vai ter prejuízos”, diz Burg.
Se o protesto for de fato intensificado, o sindicato diz que a média de espera para os caminhoneiros poderá chegar a três dias. “O posto continua funcionando, mas num ritmo menor. Lembrando que as cargas perecíveis, perigosas, vão ser liberadas com prioridade absoluta, justamente para não causar mais prejuízos a esse tipo de importação”, afirma Burg.
Procurada, a Receita Federal preferiu não se pronunciar sobre o protesto dos servidores públicos.
Fonte: G1
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