Em nota publicada pelo sindicato Sitran (Sindicato das Empresas de Transporte de Carga e Logística de Chapecó), é informada a possibilidade de uma greve de transportadores da região sul do país nos próximos dias.
A justificativa para a greve é a grave crise que o país enfrenta, que impacta diretamente o setor de transportes, que, devido a incentivos nos anos anteriores, aumentou sua frota e número de motoristas, e hoje vê um movimento de inversão da economia, com consequente redução da quantidade de fretes, e também a queda no valor recebido, pela alta oferta de caminhões no mercado.
Por vários anos o governo fomentou a renovação e ampliação de frotas, facilitando a aquisição de caminhões novos, que impulsionou as vendas a níveis nunca antes vistos. As montadoras investiram, abriram novas frentes de trabalho e os novos caminhões não paravam de chegar.
Em 2015 iniciou-se uma profunda recessão econômica no Brasil, e essa sobra de caminhões acabou forçando a redução dos fretes, além de grande parte da mão-de-obra excedente ser demitida. 2016 está sendo pior que 2015 e a economia só deve reagir em 2017.
Por esses motivos, sindicatos de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul se reuniram para debater a situação do transporte, e decidiram: Uma das saídas seria uma grande greve.
Além disso, de acordo com a nota: “Há sentimento de total decepção com o comportamento dos embarcadores (empresas que contratam os serviços, especialmente a indústria frigorífica) pela descortês e indiferente maneira como tratam os transportadores.
” Esse comportamento citado se deve ao fato de mesmo em tempo de crise, com diversas empresas do transporte falindo, muito embarcadores tem forçado as empresas à concorrência, o que piora ainda mais a situação.
Ainda de acordo com a nota, os transportadores não irão formar bloqueios nas rodovias, como foi visto em outras greves de caminhoneiros, e que acabou com a publicação da Lei 13.281/2016, que impede os caminhoneiros, e só eles, de protestarem em rodovias.
Essa lei endurece as punições à transportadores que usarem caminhões para promover bloqueios, com multas e várias outras sanções. Também há uma questão da população em geral que usa as estradas para se locomover. A greve não quer complicar a vida dessas pessoas.
Logo após a publicação da nota, outros movimentos se mostraram contrários à greve. A página Transporte Forte, no Facebook, publicou a seguinte nota:
“Sindicatos estão anunciando uma paralisação no setor do Transporte, alertamos a todos que a indícios de que seja somente para provocar desgaste ao Governo interino, temos que observar que esse governo é provisório até que se conclua o processo de impeachment de Dilma Rousseff.
Então acreditamos que Sindicatos estão querendo usar a categoria como massa de manobra, estão com receio que aconteça o que pedimos na pauta entregue dia 28/06/2016 ao Ministro dos Transportes e do Trabalho, pedimos a desobrigatoriedade da contribuição sindical e também a desvinculação da renovação da ANTT com os Sindicatos, fiquem espertos, sabemos que a situação está difícil para todo mundo, mas mover paralisação para beneficiar Sindicatos Pelegos é o fim da categoria.”
Agora é esperar para ver. Qual a sua opinião sobre uma possível greve de caminhoneiros no Brasil, nesse momento que vivemos no país?
Fonte: Transporte em Foco
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