A Mercedes Benz informou que demitiu nesta quarta-feira (6) cerca de 370 empregados da planta de São Bernardo do Campo. A decisão ocorreu ao final do prazo de um Programa de Demissão Voluntária (PDV) e que teve adesão de 1.047 colaboradores.
A meta da empresa, porém, era de ter a adesão de 1,4 mil funcionários. No início de agosto, a Mercedes informou que diante da baixa demanda por caminhões e ônibus a fábrica estava com um excedente de 2,5 mil funcionários. Trabalham na unidade 9,8 mil pessoas.
A produção foi suspensa no meio do mês e, depois da intensificação das negociações com o sindicato dos metalúrgicos, a empresa decidiu, no dia 24 de agosto, abrir o novo PDV ao invés de cortar empregados. Entre os benefícios concedidos a quem aderisse ao programa estava um bônus de R$ 100 mil, que não será pago aos 370 demitidos hoje.
Em nota, a Mercedes informou ainda que “aproximadamente 300 empregados, que estavam em licença remunerada, serão chamados de volta ao trabalho em razão de adesão interna ao PDV”. E complementou que “considerando o atingimento da redução necessária, a Mercedes Benz confirma o compromisso acordado em conceder estabilidade no emprego até dezembro de 2017 para os seus colaboradores na planta de São Bernardo”.
Na terça-feira o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC disse que iniciaria nesta quinta-feira um processo de “mobilização contra as demissões” na Mercedes. Segundo Aroaldo Oliveira da Silva, vice-presidente do Sindicato, desde que foi iniciado o processo de negociação entre os sindicalistas e a empresa, no mês de julho, mais de 1,6 mil trabalhadores saíram da empresa voluntariamente.
Fonte: O Globo
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