terça-feira, 1 de novembro de 2016

Procura-se caminhoneiros para trabalhar

O caminhão de carga moderno é um investimento na casa dos milhões de reais, com alta tecnologia, monitoramento via satélite, em tempo real, e metas calculadas por engenheiros de produção e especialistas em logística. Tal investimento exige um profissional à altura, com conhecimento não apenas das regras de trânsito, mas das inúmeras ferramentas inseridas no veículo.

Responsáveis pelo transporte de 65% de toda a riqueza gerada no País, as empresas de carga rodoviária não conseguem encontrar motoristas qualificados para conduzir os caminhões delas. Em Maringá, a carência atual é de pelo menos 800 profissionais, segundo estimativa do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Maringá (Setcamar).
No Brasil, existe a necessidade urgente de contratação de 150 mil motoristas de caminhão de carga.
O Setcamar representa 1,8 mil empresas instaladas na região metropolitana de Maringá, o segundo polo de transporte rodoviário cargueiro do Paraná, com frota de 250 mil veículos. Para o superintendente do sindicato, Geasi Oliveira de Souza, a falta de qualificação é o gargalo do setor

“Hoje é mais fácil comprar um caminhão do que encontrar um caminhoneiro qualificado”, afirma. Ele explica que o transporte rodoviário passou muito tempo seguindo um modelo arcaico, que exigia pouco conhecimento do condutor.
Nos últimos oito anos, no entanto, o setor deu um salto tecnológico e a competitividade crescente fez com que as empresas exigissem o cumprimento de uma série de metas do motorista. “O motorista do passado não sabe ler um painel, não conhece a legislação de trânsito e não sabe como conduzir o veículo de maneira econômica”, resume Souza.
O diretor de frota da Transportadora Tamoyo, Wilson Mendes dos Santos, declara que a falta de profissionais prejudicou a empresa durante o ano. “Cheguei a ficar seis meses com um veículo parado, porque não encontrava profissional”, diz o executivo, que finalmente conseguiu completar o quadro funcional. Ele acredita que a mentalidade do motorista é um dos principais obstáculos para a contratação.

“A primeira coisa que a pessoa pergunta é quantos dias terá que ficar fora de casa”, comenta. Ele ressalta que a existência de muitas empresas no setor favorece os motoristas sem comprometimento.
“Ele passa quatro meses em uma empresa, pede as contas e procura por outra, que tem necessidade de mão de obra e acaba o contratando”, avalia. Sem confiança na qualidade do profissional, muitas empresas se recusam a entregar um capital de alto valor nas mãos de motoristas sem vínculos sólidos com a companhia.
Alto custo
Presidente da Transcocamar e do Setcamar, Afonso Shiozaki avalia que a formação profissional especializada é cara e não tem subsídio governamental. As transportadoras recolhem contribuição para o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat), mas a entidade carece de estrutura suficiente para oferecer treinamento para o motorista de carga.

 “Eles têm que recorrer a auto-escolas particulares, onde o curso completo custa entre R$ 2 mil e R$ 2,5 mil”, alega. Em auto-escolas especializadas, que não são numerosas em Maringá, o motorista precisa cumprir determinado número de horas práticas na condução de caminhões leves, médios e grandes, simulando o transporte de cargas. “Precisamos de uma ajuda governamental, pois o curso é caro para o motorista”, avalia.
A Transcocamar tem uma frota de 400 veículos e sofre com a falta de motoristas nos picos de safra. A empresa transporta cargas nos Estados do Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Goiás.
Com o salário-base da categoria e comissões, o motorista pode ganhar cerca de R$ 3 mil mensais. As empresas de transporte de carga de Maringá contrataram 2.726 motoristas de caminhão para rotas regionais e internacionais, entre janeiro e outubro de 2010. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, mostram que o número de demitidos também foi alto: 2.198 pessoas.

Fonte: O Diário

12 comentários:

  1. Os caras ficam batendo na tecla de qualificaçao,mas o que faz motoristas profissionais desistirem é as longas jornadas em troca de 3500 reais que o cara ganha com uma fiorino trabalhando urbano sem ficar longe de casa,hoje a maioria dos motoristas ja tem acesso a tecnologia e muitos tem veiculos automaticos dotado das mesmas tecnologias existentes nos caminhoes

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    1. Concordo contigo Elias , sou motorista de bitrem , trabalava por 23 anos dentro de caminhões ultimos modelos, confot shift, semi hidramatico , conheço todos os paízes do mercosul , e o brasil de norte a sul e de leste a oeste , em 25 anos de profissão nem um acidente e somente tres multas , duas por falta de cinto e uma por ter uma lanterna quebrada, mas que estava inteira quando da abordagem (no rio de janeiro ) mas pra ganhar o que eles oferecem prefiro ficar em casa trabalhando com meu carro.
      ganho um pouco menos mas estou sempre perto .posso programar um churrasco com a familia , um passeio , ou qqr outra coisa , se eles me oferecerem o que meu trabalho vale , volto no mesmo dia a trabalhar com carreta
      Me garantam salário bom e eu , quanto muitos voltarão e garanto que muitos são excelentes profissionais , mas com este salário decidiram que não vale a pena .

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  2. Os caras ficam batendo na tecla de qualificaçao,mas o que faz motoristas profissionais desistirem é as longas jornadas em troca de 3500 reais que o cara ganha com uma fiorino trabalhando urbano sem ficar longe de casa,hoje a maioria dos motoristas ja tem acesso a tecnologia e muitos tem veiculos automaticos dotado das mesmas tecnologias existentes nos caminhoes

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  3. As transportadoras se vitimizam mas não pensam que quando compram cem duzentos quatrocentos caminhões quanto trabalho tiram de motoristas autônomos pai de família que possuem apenas um veículo para sustentar uma família inteira e pagar as prestações do mesmo são reles exploradores querendo mão de obra barata covardes porque os donos dessas empresas não se qualificam e assim podem dirigir seus caminhões modernos aproveitem e qualifiquem também seus familiares que é para poder pilotar a frota toda por três miu

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  4. Penso que o governo tinha que incentivar o autônomo dando condições de terem caminhões melhores e colocar ordem (tabela) nos fretes...... mas nada fazem e a zona continua e o autônomo sofre e acaba PRando e vai trabalhar de empregado

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  5. Pedem qualificação, porém acham que o motorista tem que viver na estrada e morar na garagem.
    A família que vá ao banco pegar o que sobrar dos R$ 3.000,00!

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  6. Eu tenho dois cursos FABET/FATTEP, SEST/SENAT-RESOLUÇÃO 168, DIREÇÃO DEFENSIVA, PREVENTIVA E ECONÔMICA, CUIDADOS COM PNEUS...condução responsável e metas!
    Não recebia um real a mais que os outros que nada aptesentaram!

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  7. E eu aqui querendo pegar a estrada é não arrumo trabalhoeu só motorista .
    Se alguém quiser me dar uma oportunidade eu só de Ivinhema MS fone 67 998319934

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  8. A empresa chora falta de Bons profissionais né.O que falta é bons salários que elas(empresas)insiste em nivelar por baixo um exêlente GESTOR DE UNIDADE MÓVEL e um mero motorista.Se investe milhões num conjunto(cavalo e carreta),e o nosso sindicato (não sei onde) se baseia num salário ridículo para carreteiro de $1.900/$ 2.000.00 reais.Eu mesmo tenho MOPP-FABET-GUINDAUTO-GUINDASTE-INDIVISÍVEL etc...Tõ desanimando,n~~ao arruma nada que preste.Se alguém ou empresa quiser meu contato. elinhoshow@hotmail.com

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  9. Eu sou um bom motorista de caminhão nunca me envolvi em acidentes e tenho um histórico quase zero de multas e estou desempregado e preciso trabalhar se alguém souber de alguma coisa vou para qualquer lugar do brasil agradeço ai meu zap é 82 996386117 (juliano)

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  10. um dos grandes problemas das empresas e achar q o motorista tem q abandonar sua familia e viver so na estrada e quando o motorista mora em uma regiao eles so mandam pra outra regiao pra o motorista nao ficar em casa mesmo tenha carga pra sua regiao eles mandam outro motorista o nordeste tem muitos motorista mais as grandes empresas sao do sul entao fica dificio pra nos trabalhar em uma dessas empresas eu suporto ate dois meses longe de casa mais e muito dificio pra mim

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  11. Querem motoristas qualificados mas pagam um salário ridículo! Investem um milhão em um equipamento e querem que os trouxas deixem suas famílias por dias p ganhar um salário de fome de 3 mil por mês! Paguem um salário descente que vão ter profissionais qualificados caso contrário eh isso o q terão seus equipamentos de milhões aí parados pois pra infelicidade dos empresários eles não andam sozinho e nos motoristas nao somos escravos!

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