Desligamentos se intensificaram a partir de 2013; setor não descarta novas demissões diante da ociosidade de 70% do segmento.
Para administrar a crise na cadeia de veículos comerciais, a indústria de implementos rodoviários já demitiu aproximadamente 50% da sua força de trabalho desde 2013. Ainda assim, o setor não descarta novas demissões diante da ociosidade de 70% do setor. "O mercado retrocedeu mais de 20 anos e não há qualquer sinal no horizonte de uma recuperação", afirmou o presidente da Anfir, Alcides Braga.
Para 2016, o setor trabalha com uma projeção de queda em torno de 15%, para cerca de 85 mil unidades entre leves e pesados. "Fica difícil fazer previsões diante de tantas incertezas", avalia. O movimento ocorre em meio à derrocada do mercado de caminhões, que em 2015 registrou queda de quase 50% das vendas.
O dirigente explica que as empresas estão adotando todas as medidas possíveis para ajustar a produção, como férias coletivas, suspensão temporária do contrato de trabalho (layoff) e programas de demissão voluntária (PDV). "Muitos fabricantes estão trabalhando com semana curta de 3 ou 4 dias."
Mesmo com as medidas de incentivo ao crédito promovidas pelo governo federal através de bancos públicos, o que inclui o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Braga avalia que o mercado não está disposto a ir às compras.
Fonte: DCI - Negócios
Nenhum comentário:
Postar um comentário